Reflexão: leia Gálatas, capítulo 6 e os outros textos citados na mensagem.
“Carregai os fardos uns dos outros; Assim cumprireis a lei de Cristo” (Gl 6,2)
Sabemos que as crianças, geralmente, são muito curiosas e vivem tentando descobrir novidades. Um garoto da cidade não tinha experimentado o som que produz eco. Certo dia se encontrava brincando num vale cercado de montanhas perto da casa de seus avós e teve a impressão de não estar ali sozinho. Gritou fortemente em tom amedrontado, agressivo e pensando em fugir:
— Quem está aí?
Percebeu surpreso que ouvia as mesmas palavras no vale. Pensava que alguém se escondia para assustá-lo. Ficou inseguro e insistiu com mais força:
— Quem está aí?
Ouvia outra vez uma voz assombrosa: quem está aí? O menino ficou chateado com quem supostamente repetia suas próprias palavras e não hesitou:
— Você é um chato!
E a voz misteriosa repetia suas palavras. O garoto acabou tão irritado que insinuava expressões cada vez mais fortes contra o aparente desconhecido. Esse temido, por força do eco, retratava fielmente as injúrias. O jovenzinho resolveu correr em todas as direções para tentar encontrar seu rival e não encontrou ninguém naquele vale. Foi para casa dos avós e queixou-se com eles acerca de um menino que se escondera para lhe assustar e injuriar. Sua avó percebeu a incompreensão do neto e respondeu:
— Está enganado, meu netinho! Você ouviu sua própria voz que ecou no vale. Eram suas aquelas palavras duras e feias. Se dissesse palavras amáveis e serenas ouviria termos de afeição e ficaria satisfeito. Mas suas palavras destinadas ao outro fizeram doer seu coração porque eram palavras que você não desejaria ouvir de ninguém. Portanto, não devemos dizer aos outros...
De modo semelhante acontece na vida. As vezes nos comportamos com as demais pessoas de uma forma que consideramos insuportável. É o “eco” de nosso próprio agir e falar com os irmãos. Nossa conduta, muitas vezes, condiciona o tratamento dos outros e reproduz nossa insatisfação e rejeição.
Se formos educados e afetuosos com quem nos relacionamos, as chances de sermos bem tratados é muito maior. E esse tipo de atitude serve de exemplo e testemunho cristão. Veja no Evangelho de Lucas, capítulo 6.
Generosidade, educação e amabilidade são valores que parecem esquecidos. A razão de nosso pensar e agir é Cristo. Ele foi ao encontro das pessoas e não reagiu de acordo com a forma que muitas vezes foi tratado. Até na cruz, acontecimento que marcou a rejeição dos homens, ele foi amável e perdoou. Se o que há de bom em nós damos aos outros, esses bens se multiplicam. “Há mais felicidade em dar do que receber” (Atos 20,35).
No Evangelho encontramos atitudes generosas: aquele que se desprendeu de seu pães e seu peixes; o óbulo da viúva; a mulher do frasco de perfume; Nicodemos e José de Arimatéia; Os magos do oriente e os pastores...
Alguns foram intransigentes: o jovem rico apegado; os leprosos incapazes de retornar para agradecer; os moradores de Belém que não acolheram em suas casas Maria e José na noite santa...
Temos valores para serem dispostos porque tudo é graça de Deus.
O que estamos disponibilizando hoje? Que dom recebemos e estamos dando aos outros? O carinho? A atenção? O tempo? Recursos materiais? Tesouros espirituais? Compreensão? Fé rezada e vivida? Exemplos no pensar, falar e agir?
Na segunda Carta de São Paulo aos Coríntios, capítulo 9 está escrito: “Quem semeia pouco também colherá pouco, e quem semeia com largueza também colherá com largueza”.
Semeie Amor e veja como irá ecoar.
Pe. Alexandre(clique e veja o blog)
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